Quimioterapia - Diogo Bugano

Sobre
Quimioterapia

As quimioterapias são medicamentos orais ou endovenosos que caminham pelo corpo e atingem o câncer onde ele estiver. Existem tipos diferentes de medicamentos, com diferentes indicações e efeitos colaterais.

Quimioterapia  

Todo mundo precisa de quimioterapia?

Não. A indicação da quimioterapia depende do tipo do tumor (porque existem cânceres que não respondem à quimioterapia), do seu tamanho e do estado de saúde do paciente. Alguns tumores localizados são tratados apenas com cirurgia ou radioterapia, por exemplo.

 

Existem 4 situções principais nas quais se usa a quimioterapia:

  • Tratamento de tumores metastáticos. Quando o câncer não está mais localizado em um ponto, apenas, é necessário um tratamento que caminhe pelo corpo e trate da doença onde ela estiver.
  • Tratamento concomitante com radioterapia. Em algumas situações, usa-se uma baixa dose de quimioterapia durante os dias de tratamento com radioterapia, para aumentar o seu efeito.
  • Tratamento neo-adjuvante, ou antes da cirurgia. Em alguns casos, o tumor ainda está localizado, mas está próximo a estruturas nobres a uma cirurgia torna-se muito complexa. Nestes casos, é possível realizer quimioterapia antes, para reduzir o tamanho do tumor.
  • Tratamento adjuvante, ou após a cirurgia. Em alguns casos, mesmo quando a cirurgia é completa e todo o tumor foi retirado, é possível que existam restos microscópicos da doença, que não podem ser vistos pelo cirurgião. Nestes casos, é recomendada a quimioterapia.
 

Como funciona a quimioterapia?

Existem algumas quimioterapias na forma de comprimido, mas a maioria é endovenosa. O paciente vem a um ambulatório de quimioterapia, senta em uma poltrona, recebe algumas medicações endovenosas e recebe alta no mesmo dia. Dependendo do tipo de tratamento, ele é repetido a cada 1, 2, 3 ou 4 semanas.

Durante a infusão da quimioterapia, o paciente fica acordado, pode se alimentar e ir ao banheiro. Em alguns centros, é permitido inclusive a presença de acompanhantes.

 

E o cabelo? Cai sempre?

Não. Existem medicações que não levam a perda de cabelo. Isso não significa que são mais fracas, apenas são diferentes. Em geral, quando há perda de cabelo, ela é mais visível cerca de 1 mês após o início do tratamento e o cabelo volta a crescer quando a quimioterapia é completada.

 

Eu tenho que ter medo?

É normal os pacientes ficarem com receio antes de iniciar o tratamento, principalmente pelo risco de efeitos adversos e complicações. Boa parte das complicações são previsíveis e, hoje em dia, temos medicações adequadas para controlar vômitos, infecções e outros problemas. Fora isso, se uma combinação de quimioterápicos for muito tóxica, o oncologista pode sugerir uma troca de medicamentos, para que os efeitos colaterais sejam mínimos. Inclusive, alguns pacientes conseguem trabalhar durante o tratamento.

Para mais dicas de como lidar com a quimioterapia, acesse a seção “dicas para pacientes” do site.

 

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Dr. Diogo bugano

Médico oncologista formado pelo MD Anderson Cancer Center e especialista em tumores de pulmão e do trato digestivo, membro do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

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