O estudo SCALP, recentemente publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA. 2017;317(6):596-605), avaliou 182 mulheres recebendo quimioterapia após a cirurgia para câncer de mama. Entre elas, 119 usaram um dispositivo especial que bombeia água gelada para uma touca e resfria o couro cabeludo durante a quimioterapia. A ideia é causar constrição dos vasos sanguíneos e, com isso, evitar que o medicamento atinja o couro cabeludo.
Ao final do estudo, 50% das mulheres usando o dispositivo mantiveram o cabelo. Entre as que não usaram o aparelho, todas perderam o cabelo.
O estudo foi conduzido em 7 hospitais dos Estados Unidos e os resultados variaram de acordo com o hospital e o tipo de remédio usado, com taxas de sucesso variando entre 10% e 68%. O dispositivo era colocado 30 minutos antes do início da quimioterapia e retirado 90 minutos após o término do tratamento. O principal efeito colateral foi dor de cabeça.
Dispositivos como este já são disponíveis no Brasil, mas não são cobertos pelo SUS ou por convênios.
Mais informações no site: DOI: 10.1001/jama.2016.20939
Médico oncologista formado pelo MD Anderson Cancer Center e especialista em tumores de pulmão e do trato digestivo, membro do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
Conheça mais