Recentemente, a ANVISA aprovou a combinação dos medicamentos erlotinibe e bevacizumabe (duas drogas-alvo) para o tratamento de câncer de pulmão metastático que possui uma alteração genética específica (a mutação do gene EGFR). Esta alteração ocorre em 20-30% dos pacientes e o teste para detectá-la é coberto pela maioria dos convênios.
Os medicamentos já eram usados para o tratamento desta doença separados, e a aprovação da combinação se baseia no estudo JO25567 (Lancet Oncol 2014 Oct;15(11)). Nele, 154 pacientes japoneses foram tratados com o erlotinibe ou com erlotinibe e bevacizumabe. Nos pacientes que receberam os dois remédios, a doença esteve controlada por uma média de 16 meses, comparados com 9.7 meses naqueles tratados com erlotinibe, apenas. A principal toxicidade foi rash na pele e hipertensão, facilmente controlados com cremes e medicamentos.
Somado à aprovação de outras medicações, como o afatinibe e nivolumabe, foram 3 novas drogas para o tratamento de câncer de pulmão em 2016. Estão previstos mais 3 novos medicamentos para 2017.
Mais informações no site: DOI: 10.1016/S1470-2045(14)70381-X
Médico oncologista formado pelo MD Anderson Cancer Center e especialista em tumores de pulmão e do trato digestivo, membro do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
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